quinta-feira, março 31, 2005

Diário de um Inter-Rail (Parte I)

Olá, descobri há uns dias atrás o meu diário do Inter-Rail.
Foi uma experiência fantástica e na companhia de dois grandes amigos.
O nosso inter-rail passou por França (de passagem), Itália e Grécia.
Recomendo vivamente a experiência e quanto mais jovem se for, melhor ;)

Lisboa, 21 de Julho de 2001

Bom, finalmente o grande dia.
Após um período de grande stress na preparação da viagem, hei-nos no início do périplo pela Europa.
Confesso que foram uns dias bastante complicados.
Não sei porquê mas andava bastante irritadiço com tudo e com todos.
Coitadinhos dos meus "compinchas"!...
Talvez por ser um dos meus grandes sonhos, esta viagem, tornou-se um "drama" a preparar.
O que interessa é que já começou.
Comecemos então com os preparativos.
Há muito tempo... existiam os dinossauros...
Ei!!! Não é preciso ir tão atrás!!!
O.k. !!!
Bem, há uns meses atrás começou tudo por uma conversa, que ficou mais ou menos alinhavado o plano.
Começamos então a tratar dos cartões necessários e papelada.
É claro que, como não podia deixar de ser, tive de ser eu a fazer pressão sobre os "meninos".
O primeiro de todos, foi o cartão internacional de estudante – muito bonito aliás, hehehehehehe.
No dia seguinte eu e o Rui fomos comprar os cartões de alberguista e o cartão jovem para ele.
Uns dias depois...
Compramos os bilhetes do Inter Rail na TAGUS onde fomos atendidos por uma menina muito simpática, mas aconteceu que ela se enganou no prazo do passe
Só demos por isso quando o senhor da bilheteira em Santa Apolónia viu.
Voltamos à TAGUS onde tudo foi rectificado.
Com tudo mais ou menos preparado, e com o problema dos "descontos" do Valter, fui até ao Porto, tratar de outra coisa que ainda me "atormentava". O problema da faculdade
Lá passei eu uma manhã na faculdade com a minha amiga a tratar das coisas.
No Porto todos os meus amigos me desejaram uma óptima viagem e que gozasse muito.
Regressei a Lisboa na 5ª feira à tarde.
Fizemos os últimos preparativos.
6ª feira já eu tinha tudo arranjado.
No Sábado estava muito calmo. Fiquei admirado comigo mesmo. Sinceramente não sei porquê.
Sentia uma calmia estranha, mas tudo bem.
A Marisa foi-nos buscar, e quando tudo parecia bem, quando já a fechar a água, eis que a torneira começou a verter água.
Não imaginam o stress que foi. Já estava a ver o comboio ia partir sem nós!!!
O que vale é que aquela porra parou de verter, e ainda bem.
Lá fomos nós todos contentes de mochilinha as costas (mochilinha uma m#&$%, mochilona) às costas.
Chegados a Santa Apolónia fomos procurar a nossa carruagem.
Agora dá vontade de rir, mas na altura... só me apetecia chorar.
Uns compartimentos minúsculos de 6 camas, a cheirar a mofo.
As nossas carinhas eram de desanimo total.
Uns bancos de uma cor verde queimado pelo sol e um pouco ruídos, um cheiro que no início se tornava um pouco nauseabundo, mas whatever...
Acho que foi mais o impacto inicial, porque afinal de contas acabamos por nos habituar.
Tivemos a companhia de um sr. de raça negra, era um tipo fixe. Passou a maior parte do tempo no compartimento dos amigos.
Ainda teve uns minutos a falar connosco, das suas experiências a trabalhar na Europa.
Era cabo-verdiano e trabalhava em "frio"
Quanto isso lá íamos nós na nossa "supeeeeeeeeeee(e) viagemmmmm(m)...
O tempo até passou depressa.
Mas o pior estava para vir...
Após a nossa visita ao bar, que foi um verdadeiro tormento, decidimos jogar um pouco do UNO.
Depressa nos cansamos e fomos fazer as camas.
Nesse mesmo instante, um dos nossos colegas de couchette chegou. Era o tal cabo-verdiano.
Deitamo-nos, e passados uns minutos, eis que o nosso "amigo" começou a "andar de mota".
Aquilo é era uma mota, mas daquelas V5 com o tubo de escape roto.
Aquilo é que ele roncava.
Nós só nos riamos.
Só que passados umas horas a rir, tornou-se em desespero.
O Valter só escrevia, eu e o Rui já não sabíamos se rir ou se chorar.
Acho que no meio daquilo tudo dormi umas 4 ou 5 horas.

terça-feira, março 29, 2005

Renascer

Olá amigos

Estive alguns dias de férias, bem merecidas, na minha querida cidade do Porto.
Para além de restabelecer energias, despertei algo que estava mim há algum tempo adormecido.

Descobri de novo o que era AMAR e ser AMADO.

Que sensação boa... e principalmente se a pessoa que nos dá prazer do seu amor for FANTÁSTICA.
Pois bem, tudo começou ha uns dias atras quando coloquei o meu profile na zona do Porto.
Como ia lá passar uns dias, resolvi, sabe-se lá porque, publicá-lo lá.
Passado um dia, recebo uma mensagem de um jovem a comentar o meu profile e de que gostava de me conhecer.
Retribui a respectiva mensagem e trocamos endereços de MSN.
Tivemos algumas conversas interessantes e de alguma forma o interesse em nos conhecermos pessoalmente mostrava-se cada vez mais forte.
Combinamos tomar café na 4ª feira assim foi.
Acho que houve desde logo uma certa química entre nós. Uns olhares, uns sorrisos, enfim todas aquelas coisas que nós sabemos.
Fartei-me de falar (os que me conhecem devem estar a pensar... tu a falares muito!!!)
Tomamos um café à beira mar. A tarde estava fantástica.
Sentir a maresia... hummm que sensação óptima.
Não demos pelas horas passar, ficava tarde e eu tinha de ir jantar a casa. Há já 3 meses que não ia a casa, e não queria deixar de estar, pelo menos às refeições, com os meus pais.
Estava a acontecer algo estranho, ambos não queríamos estar sem a companhia um do outro.
Decidimos sem hesitar ir ao cinema depois de jantar. Assim foi, passei por casa dele a apanhá-lo e lá fomos rumo ao Arrábida Shopping.
Como o filme acabou cedo, e estávamos de férias decidimos tomar um café e conversar um pouco mais.
Apresentou-me um espaço muito agradável e que já fazia falta no Porto.
Bom, a nossa amizade começou a desenvolver-se.
Nos dias seguintes voltamos a encontrarmo-nos, nos nossos cafés e a ver DVDs.
Quando dei por mim certo dia, beijei-o na face e em seguida nos lábios. Ele ficou sem reacção e eu próprio sem ter muito noção do que tinha feito.
Naquele instante retirei-me porque tinha de ir jantar.
Quando voltamos, não foi preciso dizer mais nada...
Desde então passei os melhores momentos dos últimos meses.

Foi como um renascer... ai como é bom AMAR...

Ao meu pequeno ANJO

quinta-feira, março 10, 2005

Aborto / Ética

Enviaram-me um email com um excerto de uma obra de de Simone Beauvoir, que gostaria de compartilhar com vocês, sobre o tema tão contorverso como é o do aborto:

"[as] razões morais, reduzem-se ao velho argumento católico: o feto possui uma alma a que se veda o paraíso, suprimindo-o antes do baptismo. É de observar que a Igreja autoriza, ocasionalmente a morte de homens feitos: nas guerras ou quando se trata de condenados à morte; reserva porém para o feto um humanitarismo intransigente. Não é ele resgatado pelo baptismo, mas, na época das guerras santas contra os infiéis, estes não o eram menos, e o seu massacre fortemente encorajado. As vítimas da Inquisição não se achavam sem dúvida todas em estado de graça, como hoje o criminoso que é guilhotinado ou os soldados que morrem no campo de batalha. Em todos os casos a Igreja confia a decisão a Deus; ela admite que o homem não passa de um instrumento na sua mão e que a salvação de uma alma se resolve entre essa alma e Deus. Porquê proibir então a Deus receber uma alma embrionária no seu Céu? (p.286, vol. 2)."

Simone de Beauvoir, O Segundo Sexo, 1949

As minhas teorias

Olá esta é a minha primeira experiência na área dos blogs.
Para já não sei muito bem o que escrever, mas pelo que ja tenho visto por alguns de amigos meus, vou ter bastantes fontes de inspiração.

Até breve