sábado, dezembro 31, 2005

Retrospectiva

Bom estamos no último dia do ano e nada melhor do que fazer uma retrospectiva do que foi este ano.
Se houve ano complicado este foi um deles, apesar das coisas bonitas que diziam os signos. Hhihhihihihih (como se eles algumas vez adivinhassem).
Foi um ano de muito trabalho, em que tive uma dose excessiva que me levou quase ao limite.
Foi um ano que me fez pensar muito na pequenez do ser humano e como somos limitados.
Que me fez remar contra a “maré”.
Lutar por um amor “impossível”.
A incapacidade de ajudar uma amiga a evitar o suicídio (felizmente existem mais amigos que o evitaram).
Um irmão a divorciar.
Os meus pais com uma idade em que começamos a pensar, como será viver sem eles...
Mas nem tudo foi mau.
Foi óptimo ter conhecido o meu pequeno anjo.
Foi fantástico ter participado na corrida da ponte.
Foi muitíssimo bom ter descoberto uma pessoa que estavam perto de mim e que da qual eu não tinha grande ligação (sim és tu “sobrinho”).
Uma pessoa fantástica que conheci em Setembro e que meu deu muita força.
Os meus AMIGOS de sempre que sabem que estão no meu coração.
E “the last but not the least” duas pessoas que não posso deixar de referir e que conheci aqui no Porto estas férias de Natal, eles sabem quem são.
Bom Ano de 2006

Divórcio

Há umas semanas atrás tive a notícia de que o meu irmão se ia divorciar.
Para mim sinceramente não é novidade. Casamentos e divórcios não são novidade! Não, não sou padre! Digamos que fazem parte do meu dia-a-dia.
Bem, mas não é do trabalho que venho falar.
No que concerne ao meu irmão, confesso que fiquei um pouco surpreso. Apesar de não ter uma relação muito próxima com ele, nunca achei que houvesse quaisquer tipos de problemas. Quer dizer, problemas hão-os sempre em qualquer casal.
Claro que a minha mãe ficou um pouco triste, mas dizendo que já se tinha apercebido de qualquer coisa. Começou a apontar defeitos, que a minha cunhada isto e aquilo.
Tive de fazer perceber à minha mãe que as coisas não são bem assim, as relações não se acabam assim de um momento para o outro (quer dizer algumas…).
A culpa não é de só um, mas de ambos.
Compreendo-a, sério que compreendo.
Quando tudo parecia estar mais ao menos bem na vida, até que o meu pai teve o AVC “aparece-lhe isto”.
A minha mãe sempre foi uma mulher forte, criou 5 filhos, e mais uns quantos vizinhos.
A vida não foi fácil, o dinheiro não era muito, mas o meu pai sempre lutou e trabalhou para que não faltasse nada.
As desilusões e os desgostos foram algumas. A primeira, acho eu, foi quando me apanhou, tinha eu uns 14 ou 15 anos, metido com o meu vizinho; a segunda quando a minha cunhada faleceu.
Agora com esta questão, ainda por cima depois de há uns dias atrás ter completado 50 anos de casamento.
Enfim… os seres humanos são sem dúvida muito complicados, nunca sabem o que querem…
Quem me dera que as coisas fossem tão cor-de-rosa como são nos filmes, acreditar no amor à primeira vista, no amor eterno…
Era tudo bem mais fácil, mas por outro lado talvez acabasse por ser um tédio imenso...