sábado, março 17, 2007

As fases do AMOR

Do latim amóre

substantivo masculino
1. sentimento que predispõe a desejar o bem de alguém;
2. sentimento de afecto ou extrema dedicação; apego;
3. sentimento que nos impele para o objecto dos nossos desejos; atracção; paixão;
4. afecto; inclinação;
5. relação amorosa; aventura;
6. objecto da afeição;
7. adoração; veneração; devoção;
8. coloquial pessoa muito simpática
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Tenho andado a pensar nesta coisa do amor.
Afinal de contas o que é o amor?
Não é que tenha chegado a alguma conclusão, mas descobri que pode ter ínfimas interpretações.

Vejamos:

Quando somos bebés, todos nos amam. Todas a atenções estão viradas para nós. Somos o centro das atenções.
Tudo o que é carinho e afecto é-nos concedido.

Passados uns aninhos, e quando começamos a perceber algo, a reconhecer as pessoas, aquele amor e atenção que nos foi, e, continua a ser dado, nós retribuímos.
O nosso amor pelos nossos pais é enorme.
Veneremos aqueles que trouxeram ao mundo e que nos protegem.

Na adolescência aí sim o amor pelo próximo, confundido claro com a descoberta da sexualidade, tem o seu auge.
Os rapazinhos e as rapariguinhas trocam os olhares, os sorrisos matreiros, os bilhetes, etc.
Os primeiros beijos, os primeiros abraços, os primeiros contactos com o sexo.
Vêm também as primeiras alegrias e as primeiras desilusões a nível sentimental.
No entanto, todo este amor de plena pureza e simplicidade nunca será o mesmo daí para a frente.

No pós-adolescência as começam as relações "estudadas", um amor superficial.
As relações por vezes por conveniência, ocultando muita das vezes tendências sexuais não assumidas pelo próprio(a).
O querer estar a cima dos outros, porque se "anda" com o rapaz/rapariga mais bonito(a) do grupo.

Na fase de adulto o amor aparece já como que um hábito normal.
A fase do casamento em que o amor é muito bonito, a boda, a lua de mel, etc ...
Os primeiros de anos em que tudo é muito florido e cor-de-rosa.
Chegam os primeiros filhos e o amor e atenção passam para aquele pequeno ser que acaba de nascer.

Em Plena maturidade começam os problemas realmente sérios. As discussões cada vez mais frequentes e os problemas com os filhos, fazem o amor desvanecer.
Aparecem os divórcios e tudo o que advém daí.
O amor confunde-se, funde-se com a solidão.
O querer recuperar algumas coisas perdidas e que não foram feitas. O aproveitar do apogeu da sexualidade, é confundido com o amor.

Com a entrada na terceira idade, o sentido de amor é companheirismo. Alguém que esteja do nosso lado. Alguém que nos possa acudir num momento de aflição. Alguém que nos dê a mão naquele momento mais desagradável.

Por fim a morte... a libertação como alguns lhe chamam...
O amor volta a "renascer", tal como com o nascimento somos o alvo das atenções.
Relembram-se momentos e situações. As lágrimas de saudade e carinho escorrem pelos rostos.

Assim, pela última vez ficamos a saber o que é o amor...

sábado, março 10, 2007

Saudades

Saudades dos velhos tempos juntos
Saudades de estar perto de ti
Saudades das nossas conversas
Saudades do teu olhar
Saudades do teu cheiro
Saudades da tua maneira de ser
Saudades das tuas provocações
Saudades da tua irreverência
Saudades da tua sensibilidade
Saudades das tuas paranóias
Saudades das minhas paranóias
Saudades das nas cumplicidades
Saudades dos nossos gestos
Saudades do teu sorriso
Saudades dos momentos que me fizeste sorrir
Saudades dos momentos que me fizeste chorar
Saudades dos momentos que me fizeste corar
Saudades dos momentos que me fizeste enlouquecer...

Queria neste momento ter-te ao meu lado... poder abraçar-te... dormir abraçado a ti... sentir o teu respirar... o teu calor... a tua protecção...

Só tu me podes fazer sentir todo este manancial de sentimentos... TU...

"que a força esteja contigo"

sexta-feira, março 09, 2007

Mix

Pois bem, sete meses após o último post aqui estou eu.
Digamos que aconteceram muitas coisas neste curto espaço de tempo merecedoras de boas histórias.
Pensei em contá-las, mas não o vou fazer, pelo menos por ora.
Neste período, um pouco de recolhimento por motivos académicos, apesar de tudo deu para pensar e tirar algumas ilações.
Descobri quem realmente é meu amigo e quais as suas reais intenções.
Descobri o quem tem interesse em que e quais os seus reais objectivos.
Descobri as pessoas que realmente interessam.
Não sei se alguma vez o disse, e peço desculpa se me estou a repetir, mas as amizades são como os momentos.
Passo a explicar.
Alguns anos atrás, era eu um novato nas lides da Internet, conheci um rapaz, mais velho que eu, com quem falei algumas vezes e tive o prazer de o conhecer quando ele visitou o Porto.
De um momento para o outro, deixamos de ter um contacto frequente e aquando da nossa ultima conversa telefónica ele disse-me: "as amizades são como os momentos, têm a sua altura certa para acontecer..."
Na altura fiquei a pensar naquilo e nunca cheguei a grandes conclusões. Sempre incuti a ideia que as verdadeiras amizades são para sempre.
A partir de determinada altura comecei a destrinçar entre amigos e conhecidos.
Posso dizer que me sinto um felizardo. Sim, tenho verdadeiros amigos. Daqueles que posso contar para todo o sempre.
Confesso que nem sempre lhes presto a devida atenção, mas o verdadeiro amigo sabe que estamos lá naquele momento, mesmo que não o digamos, sem cobrar o que quer que seja.
Conheci algumas pessoas interessantes neste interregno, ou melhor passei a conhecer melhor algumas pessoas.
Não menosprezando nenhum dos meus AMIGOS do dia-a-dia, há uma pessoa que quero destacar.
No início apesar de tudo "não ia muito com a cara dele".
Por questões que não são chamados à colação, começamos a aproximar e conviver mais vezes.
Descobri o que se chama a pureza ou inocência (não no sentido pejorativo) do ser Humano.
Pensava que já não encontrava pessoas assim no dia de hoje.
A sua doçura e maneira de ser apaixonaram-me (não no sentido que possam imaginar, nem que ele gostaria que fosse).
Não obstante este meu interesse em particular, nem sempre tenho agido de uma forma correcta para com ele.
Ele apaixonou-se por mim... mas eu não... infelizmente não...
Digo infelizmente, porque não conseguimos controlar os nossos sentimentos.
Pensei algumas vezes em tentar, mas não estaria a ser correcto, nem para ele, nem para comigo.
Tenho um carinho muito especial e gosto muito da sua companhia, mas tenho medo... tenho medo de alimentar um sentimento para o qual eu não posso retribuir, pelos menos da mesma forma.
Ele sabe-o, fiz questão de lhe colocar as cartas todas em cima da mesa... mas não sei...
Há uns tempos questionava-me porque estava sozinho e as minhas relações tinha fracassado.
Hoje em dia, apesar de só, estou bem assim.
Não sei o que quero, mas sei o que não quero.
Não me martirizo, porque o faço conscientemente. Como alguém me disse: "encalhado por convicção".
Neste momento tenho objectivos muito definidos e no curto prazo não passa por relações.
É claro que não podemos dizer que não apareça, nestas coisas do amor... nunca se sabe...

Para concluir gostaria de dizer que AMO os meus amigos que se encontram em tantos sítios desde o Porto, Barcelona, Madrid, Lisboa e como não podia deixar de ser o Montijo.
Não refiro nomes porque eles sabem quem são.

UM BEIJO A TODOS