As fases do AMOR
Do latim amóre
substantivo masculino
1. sentimento que predispõe a desejar o bem de alguém;
2. sentimento de afecto ou extrema dedicação; apego;
3. sentimento que nos impele para o objecto dos nossos desejos; atracção; paixão;
4. afecto; inclinação;
5. relação amorosa; aventura;
6. objecto da afeição;
7. adoração; veneração; devoção;
8. coloquial pessoa muito simpática
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Tenho andado a pensar nesta coisa do amor.
Afinal de contas o que é o amor?
Não é que tenha chegado a alguma conclusão, mas descobri que pode ter ínfimas interpretações.
Vejamos:
Quando somos bebés, todos nos amam. Todas a atenções estão viradas para nós. Somos o centro das atenções.
Tudo o que é carinho e afecto é-nos concedido.
Passados uns aninhos, e quando começamos a perceber algo, a reconhecer as pessoas, aquele amor e atenção que nos foi, e, continua a ser dado, nós retribuímos.
O nosso amor pelos nossos pais é enorme.
Veneremos aqueles que trouxeram ao mundo e que nos protegem.
Na adolescência aí sim o amor pelo próximo, confundido claro com a descoberta da sexualidade, tem o seu auge.
Os rapazinhos e as rapariguinhas trocam os olhares, os sorrisos matreiros, os bilhetes, etc.
Os primeiros beijos, os primeiros abraços, os primeiros contactos com o sexo.
Vêm também as primeiras alegrias e as primeiras desilusões a nível sentimental.
No entanto, todo este amor de plena pureza e simplicidade nunca será o mesmo daí para a frente.
No pós-adolescência as começam as relações "estudadas", um amor superficial.
As relações por vezes por conveniência, ocultando muita das vezes tendências sexuais não assumidas pelo próprio(a).
O querer estar a cima dos outros, porque se "anda" com o rapaz/rapariga mais bonito(a) do grupo.
Na fase de adulto o amor aparece já como que um hábito normal.
A fase do casamento em que o amor é muito bonito, a boda, a lua de mel, etc ...
Os primeiros de anos em que tudo é muito florido e cor-de-rosa.
Chegam os primeiros filhos e o amor e atenção passam para aquele pequeno ser que acaba de nascer.
Em Plena maturidade começam os problemas realmente sérios. As discussões cada vez mais frequentes e os problemas com os filhos, fazem o amor desvanecer.
Aparecem os divórcios e tudo o que advém daí.
O amor confunde-se, funde-se com a solidão.
O querer recuperar algumas coisas perdidas e que não foram feitas. O aproveitar do apogeu da sexualidade, é confundido com o amor.
Com a entrada na terceira idade, o sentido de amor é companheirismo. Alguém que esteja do nosso lado. Alguém que nos possa acudir num momento de aflição. Alguém que nos dê a mão naquele momento mais desagradável.
Por fim a morte... a libertação como alguns lhe chamam...
O amor volta a "renascer", tal como com o nascimento somos o alvo das atenções.
Relembram-se momentos e situações. As lágrimas de saudade e carinho escorrem pelos rostos.
Assim, pela última vez ficamos a saber o que é o amor...