quarta-feira, abril 06, 2005

Inter-Rail - 4º Dia

24 de Julho de 2001 – 07h34 – Génova

Acordei! O dia estava muito bonito.
Arrumamos as coisas e fomos tomar o pequeno almoço.
Cafézinho com leite, um pão, manteiga e compota.
Compramos uns postais e fomos apanhar o bus até Brignole, a outra estão de comboios em Génova.
Tivemos de ir no IC onde pagamos um suplemento de 9600 LR.
O IC é do pior. Não há lugares marcados. Vai quase tudo de pé e ao monte.
Estou a escrever, e estou sentado no degrau das escadas da carruagem. Gente pobre!!!
Estamos a caminho de Pisa. A famosa torre que pelos vistos já está direita. Logo vemos.

13h30 – Pisa

O calor apertava e nós de mochila às costas.
Decidimos telefonar (eu e o Rui) para o Tribunal.
Falei com a Fernanda, que pela voz, ficou surpreendida e contente.
Saímos da estação e lá decidimos pormo-nos a caminho.
Nem imaginam o trauma. Um calor dos diabos, a mochila, e não sei porque, estava super desconfortável.
Aquilo não parecia terminar.
Fomos tirando umas fotos aqui, outras fotos ali.
Chegados à Piazza dei Miracoli, avistamos a famosa torre (que afinal ainda está inclinada).
Eram resmas de pessoas, debaixo de um sol imenso a torrar.
As visitas à torre estão interditas devido às obras que foram feitas por forma a diminuir a inclinação.
A torre estava a inclinar na ordem de 1 mm por ano. Com as obras diminuiu-se 40% da inclinação que tinha.
Tiveram mesmo de fazer as obras, porque estava mesmo em riscos de cair.
Demos uma volta pelo resto dos monumentos e edifícios, mas não entramos porque estava muita gente e queríamos ainda ir para Florença.
Ah! Comemos uns gelados divinos por cerca de 650$00. Hummmm! Soube tão bem! Heheheheh é só inveja.

Florença

Chegamos à estação e eu estava com uma vontade imensa de urinar.
A casa de banho estava um nojo, mas enfim...
Ficamos um pouco perdidos sem saber muito bem o que fazer, porque em Florença é extremamente difícil encontrar quarto.
Decidimos inicialmente dormir na estação. Fomos por os sacos lá num local apropriado, por 12h.
A cidade é lindíssima. Sem dúvida é um local que terei de voltar a visitar.
O primeiro monumento que vimos foi o Duomo.
Qualquer coisa de fenomenal. Uma cúpula toda pintada. Naquela igreja não existem figuras, unicamente pinturas. Fez-me lembrar uma igreja ortodoxa (se bem que nunca vi nenhuma ao vivo).
Na cúpula havia vários círculos onde em cada um deles simbolizava uma determinada coisa.
Desde o aparecimento do homem, segundo a bíblia, à vida de José e à crucificação de Cristo.
O estar lá, e o descrever é difícil, todas as cores – o vermelho e o dourado – tornam aquilo tudo tão belo, só vendo mesmo.
Saímos e deparamo-nos com outro grande edifício que não me recordo o nome. Quando digo grande, é mesmo grande.
Fizemos a nossa primeira paragem logo a seguir para tomar um café, que se prolongou por uma pizza e uma cola.
Andamos até que encontramos outra praça enorme, a Ufizzi.
Fiquei deslumbrado. Todas aquelas estatuas que eu estava habituado a ver nos livros de história, estão ali à nossa frente. A história parece que está a acontecer.
São monumentos que nunca esquecerei.
Por cada passo que dava parecia que estava numa feira cheia de mercadores...
Chegamos à ponte Vechio, outra coisa fabulosa. As lojas de comércio, essencialmente ourivesaria, estão situadas na ponte em edifícios da época (não há palavras).
Atravessamos a ponte e andamos até que nos esquecemos das horas para ir procurar quarto.
Percorremos toda a cidade, até que por coincidência começamos a perguntar por quartos.
Tal como prevíamos, tudo lotado.
Fomos para a estação em busca de horários de comboios para Roma, a ver se ainda havia quartos.
As coisas tornavam-se difíceis. O cansaço esta a apoderar-se de nós.
O Valter estava com fome e fomos ao McDonalds.
O que fazer? Fomos ao saco tirar uma lista de albergues e toca a telefonar para Roma.
Para hoje estava tudo cheio.
Merda! Dormir na estação não me agrada muito - pensei eu.
Fomos perguntar a um polícia como seria à noite na estação.
Até à 1h30 a estação estava aberta, mas depois tínhamos de sair e o ambiente à noite naquele sítio não era o melhor.
Desanimados fomos andar já a pensar que seriamos assaltadas.
Entramos numa pensão, mas era cara.
Atravessamos a rua e entramos noutra que também era cara.
No mesmo edifício entramos e conseguimos negociar um preço razoável – 5000$00/cada.

1 Comments:

At 2:33 da tarde, Blogger vivencias said...

Um relato muito engraçado da viagem nosso Nessum Dorma, estou a gostar...

 

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